César Maia volta a cena do crime

Vaidade é, segundo o Aurélio, a qualidade do que é vão, ilusório, instável ou pouco duradouro. O prefeito do Rio de janeiro, que se denomina marqueteiro de si mesmo, sofre e muito com ela. Em suas análises diárias faz do seu ex-blog "um espelho espelho meu" para quem se lembra das histórias infantis. O prefeito pergunta, responde e dessa forma lendo as próprias palavras se satisfaz, se convence que no meio do caos "tudo vai muito bem com a senhora Marquesa". Maestro na orquestração das vaias ao Presidente da República na abertura dos jogos pan-americanos, hoje o prefeito da cidade deixou escapar - culpa da vaidade - sua pequenez. O ghost writer de César Maia (perdão pelas palavras CM) quis ser risonho e revelou com a graça o dedo do prefeito no episódio. O marqueteiro de si mesmo errou a dose - diferença exata entre o remédio e o veneno. O conselho, que escreveu em forma de chiste, emerge 3 dias depois da abertura dos jogos como um DNA, a volta do meliante a cena do crime. Agora é aguardar o refluxo da maré. Afinal vingança é um prato que se come frio. Neste jogo, eu truco! Levo fé que as urnas cariocas darão a resposta exata para esses que ainda se embalam em um partido que, apesar de auto-intitulado democratas bebeu nos métodos da ditadura.