Cheira mal

Repetindo 1932 - quando os paulistas foram fragorosamente derrotados pelos brasileiros em todas as frente de batalha - e 1964 - quando os militares, pela força das armas, queimaram a constituição nacional e depuseram o presidente eleito - o jornal Estado de São Paulo vem mais uma vez se esforçando para participar, patrocinar, coadjuvar um novo golpe contra a democracia brasileira.
....Tudo bem, eu até entendo que o presidente Lula, reeleito e em início de segundo mandato, não tenha sido o candidato queridinho deles, mas entre isso e tentar um golpe utilizando o meio de comunicação que eles tem na mão... é demais. Como será que, os lá de dentro do Estadão, dormem com um barulho desses? Eu confesso que também desconheço como os torturadores ou os que mataram em nome do golpe militar e de uma boa parte da elite civil dormiam a época, mas veja bem: se eles podem sujando as mãos tentar inflamar a população branca e rica contra o governo federal, o povo que foi eleitor do presidente - em defesa do próprio voto depositado na urna - tem o direito de contra-atacar, é legítimo. Se o jornal Estado de São Paulo usa os seus espaços para propalar o ódio e o rancor, nós brasileiros - lembrando nossos bisavós e avós em 1932 e os anos de chumbo que vivemos com o golpe de 64 - podemos usar de todas as armas para nos defender e defender a constituição nacional. O jornal Estado de São Paulo se esforça para dividir a população brasileira em tutsis e hutus, umbundos e kimbundos, brancos e negros, pobres e ricos....isso cheira mal, não vai acabar bem.