O clube tem novo papa
Enquanto mais uma lúgubre cortina de fumaça envolve o senado federal por conta do caso Renan Calheiros, as raposas do PSDB, de olho em 2008, não perdem tempo. Os cardeais tucanos já decidiram: o novo presidente da legenda vai ser o astuto Sergio Guerra. Economista, criador de cavalos de raça, apreciador de bons vinhos, coordenador da campanha de Geraldo Alckmin por indicação de Tasso Jereissati e dedo de Antonio Lavareda, o pernambucano Guerra, faz tempo, se movimenta com desembaraço nos bastidores entre partido e empresariado. Chamam a isso "o homem do dinheiro". O detalhe da escolha, como diriam os cronistas esportivos, é que mais uma vez a fumaça do "habemus papa tucano" é resultado das reuniões de um pequeno grupo de três ou quatro. No tucanato social clube não tem jeito, o centralismo é de berço. Para não deixar passar batida uma pérola eleitoral do futuro presidente tucano já que as palavras voam e a escrita fica, anote essa:
"O PT acha que as camadas de menor escolaridade vão votar no Lula, como se as pessoas só tivessem barriga. É uma subestimação da capacidade do povo. O povo tem barriga, mas tem inteligência também. É a inteligência do povo que vai ganhar a eleição para Alckmin".
Guerra acertou, deu barriga e inteligência em 2006. Deu Lula de novo.
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