30.11.06

A babel é aqui

Um jornalista da Folha me ligou pedindo entrevista. Recusei instintivamente. Depois foi um do Estadão. Desta vez hesitei, pedi que me telefonasse depois. Não era legal me recusar a falar e depois cobrar que não fui ouvido. Mas eu precisava descobrir as raízes do meu instinto de recusa. Este texto é uma tentativa nessa direção. Por Bernardo Kucinski.

3 comentários:

Anônimo disse...

Precisamos dar um dicionário de presente à Globo. É que uma repórter bonitona, não sei o nome dela, deu a entender que concessão pública, no caso as PPP ( Parceria Público-Privada) é privatização. A repórter deu como chamada a "privatização do aeroporto de Natal". Logo em seguida entra a ministra Dilma Roussef dizendo que "a concessão fará com que a iniciativa privada" participe da construção daquele aeroporto de fundamental importância para interligação com a Europa. Quer dizer, mesmo sabendo que a fala da ministra iria ser exibida, a repórter bonitona insistiu na palavra "privatização." Será que na Globo não existe dicionário jurídico. Acho que até o Aurélio esclareceria a bonitona. Pelo jeito, com vistas às eleições de 2010, as tais "pedras no lago" para fazer marola contra Lula começaram a ser atiradas 4 anos antes. Quem sabe assim façam o efeito que não fizeram nestas eleições? Tem como você esclarecer prá Globo/Marinhos a diferença entre concessão e privatização?

Anônimo disse...

Como democratizar a imprensa?

Os jornais porta-vozes desta elite que não passa de 10% dos brasileiros que, no entanto abocanham quase 50% da riqueza nacional, nos boicotam nas seção OPINIÃO DO LEITOR de seus jornais. Quanto à blogosfera, este assunto ainda é embrionário. Ainda não sabemos ao certo como lidar com os comentários que nos enviam pois, aquele que são bons, ficamos com vontade de destacá-los. O Miguel do Rosário escreveu valoriza-os sendo da opinão de que são verdadeiras mini-crônicas. Os blogs Onipresente e Desabafo Brasil, costumam inserir alguns dos comentários no próprio post. O blog Vermelho, do PC do B, também dá destaque. O Luis Nassif valoriza-os respondendo a maioria deles. Pensando nisso, criei a seção OPINIÃO DO LEITOR no meu próprio blog. Este espaço de destaque para os leitores estará presente em cada um dos meus posts. Pretendo tratar deste assunto no Observatório dos Blogs. Vide o link do OB no meu blog. É que o nome é tão complicado...acho que é http://obeservartorio.blogspot.com




Desculpe-me. Não consigo escrever corretamente o endereço do OB, Observatório dos Blogs.

É que o correto é

http://obeservartoriodosblogs.blogspot.com

Acho que a Jussara Seixas, a criadora do blog, fez isso de propósito. Isso obriga o internauta a colocar o link na aba do seu blog, uma vez que decorar nome errado é tão difícil!!!!

Tudo bem

Mutas vezes a gente tem que piorar para melhorar

Anônimo disse...

Este texto é de autoria do jornalista Mino Carta e consta do seu blog, o http://blogdomino.blig.ig.com.br

"Conflito, debate, confronto

Não quero julgar a mídia brasileira do ponto de vista, digamos assim, técnico. Nem creio que me caiba a tarefa, outros pretendem cumpri-la e me apresso a tirar o time de campo. Acho a nossa mídia de uma mediocridade dolorosa, e ponto. Já foi melhor, mas regride como o País. O que convoca minha atenção é o comportamento político de jornais, revistas, canais de tevê, rádios até. Portam-se como se pertencessem a um partido, um único partido. O partido da minoria privilegiada. Aí sim, sinto-me em condição, diria do dever, em relação aos leitores, à opinião pública em geral, e aos meus princípios e crenças, de manifestar livremente o meu pensamento. Do lado de lá, as divergências são mínimas, na base está a convicção de que democracia é o sistema pelo qual poucos têm o direito de fazer tudo que lhes aprouver e os demais têm o dever de obedecer. Se possível com alegria, a do futebol no dia de vitória. Ao menos com resignação. Do lado de cá. Somos um exército Brancaleone. Acreditando que democracia se faz no conflito, no debate, no confronto. Por isso, somos tidos como iludidos, quando não como subversivos. Da teoria, a minha, à prática, a dos jornalões de hoje, sexta primeiro de dezembro. As manchetes de primeira página transmitem, em uníssono, a impressão de que um PIB abaixo de 3%, como se prevê para este ano, é obra do governo Lula. Não se diga que o governo não tem culpa no cartório. Tem, sim. Juros escorchantes, real supervalorizado, são obra dele. Mas experimentem tirar o Meirelles do Banco Central... E não é ele o defensor da política dita ortodoxa? Pois tirar o Meirelles seria um deus-nos-acuda. Os mesmos jornalões denunciariam a irresponsabilidade, o desmando, o descaso, a incompetência. Quem sabe a esquerdização do País." Mino Carta.