O rinoceronte Cacareco (ao lado) saiu do Rio de Janeiro para ser um convidado especial na inauguração do zôo paulistano, era 28 de setembro de 1958. Os paulistanos se apaixonaram pelo animal e não queriam deixá-lo ir embora de jeito nenhum. A polêmica tomou conta da cidade em plena campanha eleitoral para a Câmara dos Vereadores. Resultado: Cacareco foi o candidato a vereador mais votado, com estimados 100 mil votos, e veja bem que o partido mais votado da época não chegou a 95.000.
Este tipo de protesto, que tambem esteve presente ao longo da ditadura militar, retorna agora, quarenta e oito anos depois. Quem pegou as antigas eleições manuais sabe que o eleitor podia protestar, votando em quem bem quizesse, e também escrevendo palavras ofensivas ou irônicas na cédula eleitoral, a urna eletrônica acabou com essa festa.
Hoje, se o país perder o rumo e voltar para a direita, Heloísa Helena entrará para a história do Brasil como o Cacareco da vez. Por enquanto o brasileiro mais carente e esperançoso continua reelegendo o presidente Lula no primeiro turno. Se depender dos esperneios de Heloísa Helena das Alagoas, ao invés de zebra ou tucano pode dar rinoceronte, a ver.
A história pode ser bonitinha, mas o final cheira a tragédia.
A história pode ser bonitinha, mas o final cheira a tragédia.
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